Escrita Egípcia

fezardo

25/03/2024, 20:43

Os Mistérios da Escrita dos Antigos Egípcios

O desenvolvimento da escrita no Antigo Egito foi fundamental para o conhecimento e a sustentação da antiga civilização egípcia. Os egípcios não se limitaram a inventar um único sistema gráfico, eles foram responsáveis por três modos diferentes de escrita: a demótica, utilizada pela maioria da população para transações comerciais; a hieroglífica, empregada em textos sagrados e nas paredes dos túmulos; e a hierática, uma versão simplificada do sistema anterior.

A Importância dos Escribas

Contrapondo-se a muitas sociedades contemporâneas, a escrita não era uma habilidade acessível a todos os egípcios. Os escribas eram profissionais especializados que adquiriam conhecimento em escolas mantidas pelo poder real. O interesse do Estado em disseminar esse tipo de conhecimento era justificado pelo papel crucial que os escribas desempenhavam no controle dos recursos do reino.

Além de seu papel econômico e político, a escrita egípcia também permitiu o desenvolvimento de uma literatura própria dessa civilização. Os textos encontrados abrangem uma variedade de temas, como questões religiosas importantes e sátiras do cotidiano. Entre as principais obras literárias, destacam-se o "Livro dos Mortos" e a "Sátira das Profissões".

A Classe Social dos Escribas

A natureza restrita da leitura e escrita egípcia fez com que os escribas formassem uma classe social distinta dentro da sociedade. Devido à necessidade de manter registros comerciais, anotar as ações do faraó, registrar textos sagrados e controlar os gastos e obras do Estado, os escribas eram recompensados com uma remuneração significativa. Geralmente recebiam frutas, cereais, carnes e outros serviços como forma de pagamento.

Os escribas desempenharam um papel fundamental na sociedade egípcia, sendo responsáveis pelo registro e preservação da história e cultura do antigo Egito.

A Decifração dos Hieróglifos

Foi apenas há cerca de 180 anos que os pesquisadores finalmente conseguiram decifrar a escrita hieroglífica. Durante o século XIX, durante as invasões de Napoleão ao Egito, uma equipe de cientistas franceses começou a reunir várias peças arqueológicas cobertas por esses símbolos misteriosos. Em 1821, Jean Champollion iniciou a resolução dos diferentes sistemas de escrita egípcios através de estudos realizados em uma estela de basalto negro conhecida como "Pedra de Roseta".